PSD de Matosinhos exige reunião urgente da Câmara com ingleses e Galp

Para os terrenos da refinaria está previsto um projeto que envolve a Universidade do Porto André Rolo/ Global Imagens

Na sequência da notícia do “Jornal de Notícias”, de uma oferta inglesa de 285 milhões de euros pela Petrogal, o PSD de Matosinhos exige da Câmara Municipal “uma reunião urgente com a empresa britânica e a Galp para conhecer os contornos da proposta de aquisição da refinaria”.

“Tendo em conta que este dossier é de extrema importância para os matosinhenses, os autarcas sociais-democratas vão apresentar uma proposta, na próxima reunião de Câmara, segunda-feira, dia 9 de outubro, a exigir que a autarquia de Matosinhos, na pessoa da sua presidente Luísa Salgueiro, contacte de imediato as partes e reúna com as mesmas para conhecer os contornos da proposta, por forma a salvaguardar os interesses presentes e futuros desta população”, é anunciado.

“Não podemos consentir que três anos após o encerramento da refinaria não exista ainda, de facto, um verdadeiro projeto para o local e que acautele a saúde pública e o ambiente em Matosinhos, pois até hoje pouco se falou sobre o desmantelamento das infraestruturas existentes ou da descontaminação dos solos”, diz Bruno Pereira, vereador e presidente do PSD de Matosinhos.

Lembra também Bruno Pereira que “em plena campanha autárquica de 2021, o primeiro-ministro [António Costa] assumiu publicamente que iria dar uma lição a uma empresa privada [Gapl]”. Questiona o social-democrata: “Será que em 2023 acaba a delapidar património empresarial português a favor de um fundo internacional?”

Segundo o “Jornal de Notícias”, em notícia publicada na quinta-feira, a Simpatrans Oil & Gas Limited, com sede no Reino Unido, propôs à Galp a compra da refinaria de Leça da Palmeira, em Matosinhos, com a intenção de reabrir o complexo e fazer lá o que se fazia antes: refinação de combustíveis.

A proposta foi enviada na semana passada, no valor de 300 milhões de dólares (cerca de 285 milhões de euros). A empresa está “disponível para reabrir a refinaria, aumentar a capacidade de produção e oferecer aos ex-trabalhadores o seu trabalho de volta”.

Ao “Jornal de Notícias”, a Galp adiantou que “não comenta contactos comerciais”. Confirmou, por outro lado, estar “em curso o processo de desmantelamento da refinaria, estando iminente o início da sua demolição”.

 

Luísa Salgueiro desconhece eventual negócio

Sexta-feira passada, à margem da apresentação da candidatura do munícipio a Cidade Europeia do Desporto, a presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, remeteu para a Galp quaisquer esclarecimentos. “A Câmara está a trabalhar com a Galp no sentido do desmantelamento da refinaria. Se houver outra decisão terá que ser da responsabilidade da Galp”, declarou.

“Desconheço. Deve ser um assunto relacionado com a Galp e algum privado”, disse a autarca, recusando-se a fazer mais comentários sobre um eventual negócio, que, a concretizar-se, poderia colocar em causa um protocolo, assinado a 16 de fevereiro de 2022, entre a Galp, a Câmara e a CCDR-N- Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.

O protocolo de cooperação visa a criação nos terrenos da refinaria de um polo em parceria com a Universidade do Porto, destinado à atração e retenção de jovens talentos e de um Innovation District, uma solução integrada assente num “ecossistema urbano, social e ambientalmente sustentável”, que prevê comércio e serviços, hotelaria, restauração, indústria 5.0, habitação, equipamentos culturais e de lazer, e um parque verde.

 

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