O que aconteceu que afetou a qualidade das águas da costa portuguesa desde Matosinhos a ílhavo? Será em Matosinhos o epicentro?
PSD Matosinhos acusa ministério do Ambiente de inércia.

 

Nestes últimos dias, Portugal foi surpreendido com a interdição e a colocação de bandeiras vermelhas nas praias, de Matosinhos até Ilhavo.

A APA (Agência portuguesa do ambiente), apurou a presença de valores microbiológicos acima dos parâmetros de referência na água, contudo não noticiou é que estamos a falar de valores 18 e 5 vezes superiores aos padrões ditos máximos recomendáveis para Enterocos e para Echerichia, de extrema perigosidade para a saúde pública dos banhistas.

Devido à grande abrangência territorial não se pode falar somente de descargas de detritos fecais, algo anormal ocorreu.

“O que fez o Governo e o Município de Matosinhos para minimizar este flagelo? Nada” acusa Bruno Pereira, vereador social-democrata no executivo de Matosinhos e presidente da concelhia do PSD matosinhense.

Dado que as correntes marítimas possuem direções e constâncias bem definidas na costa portuguesa, é certo e sabido que estas tem sentido descendente, de norte para o centro de Portugal. Pode ser Matosinhos o epicentro?

Deve ser tido em conta a seca extrema que originou uma diminuição do caudal de rios e ribeiras, pelo que o fator de diluição diminui, a água está mais quente e com menor taxa de oxigênio, o que contribuí para uma multiplicação bacteriana.

Qual a situação que pode alavancar a interdição desde Matosinhos a Ilhavo?

Uma das possibilidades com escala é as obras de dragagem na infraestrutura portuária de Leixões, mesmo tendo consciência plena da sua importância em termos económicos e geoestratégicos, bem como a necessidade de melhoria da sua competitividade e eficiência, importa respeitar a saúde publica, não é aceitável sujeitar a população a estás perigosidades.

Os Estudos de Impacto Ambiental desta obra, não deixavam de ser preocupantes, pois apontavam, entre outros, para a deterioração da qualidade de água, do ar e dos solos, para a alteração morfológica das praias, e afetavam diretamente os desportos náuticos, a restauração, enfim, a economia local.

O PSD de Matosinhos e seus autarcas não podem deixar de manifestar a sua preocupação perante as consequências possíveis e já previsíveis, das obras do Porto de Leixões, estamos a falar de milhões de toneladas de areias e rocha que são retiradas, colocadas a poucas milhas da nossa costa, do caudal do Rio Leça, um dos rios mais poluídos da europa, são décadas de detritos acumulados nas águas interiores do Porto de Leixões, que agora são expostos e podem colocar em perigo a saúde pública.

Questões tão importantes como esta, podem mudar em absoluto a relação de um concelho e de uma Área Metropolitana com o mar, relação de que nos orgulhamos e que há muito marca o concelho de Matosinhos e as suas gentes.

O PSD lamenta a posição de complacência e submissão que a Câmara Municipal de Matosinhos sempre assumiu sobe esta questão.

Os autarcas do PSD, questionaram o executivo de Matosinhos sobre a qualidade das águas da praia, devido a inúmeros relatos de banhistas que tiveram de receber tratamento hospitalar e farmacêutico. Foi rebatido que estava tudo em conformidade.

Contudo, é impressionante que Matosinhos, que tem como autarca a presidente da associação nacional de municípios, em plena época balnear tenha as praias neste estado. Mais, em plena crise climática e numa situação de seca severa, é vergonhoso que ainda se verifiquem linhas de água a desaguar nas nossas praias, que são verdadeiros esgotos a céu aberto.

 

O presidente do PSD de Matosinhos
Bruno M. Pereira

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